Tributo ao amigo Plínio
Por: Vicente Estanislau Ribeiro
O dia dezessete é a data que ele veio ao mundo e coincidentemente, nesse mesmo dia também nos deixou.
Ele é paulista de Lucélia, nasceu em 17.04.1948, o primogênito de uma prole de cinco irmãos: 2) Massae, 3) Massanori (fal.), 4) Maria Luiza e 5) Vicente (fal.) Seus pais: Masatoshi “Mário” e Satuki.
E o destino assim também o quis, que a paulista laviniense, a jovem Isumi Watanabe, que veio à Jacarezinho prestar vestibular para o curso de Matemática, passou e acabou adotando a cidade.
E, na sociedade local, se conheceram e se casaram em 18.01.1975. Tiveram três filhos: Sayuri (11.04.76), Michel (13.03.79) e Fábio (25.01.80).
De natureza contida, de poucas palavras; porém, de uma honestidade e caráter ilibado; sem dúvida, advindo certamente do berço disciplinado asiático.
Um esposo dedicado, fiel e amoroso com a companheira, filhos e netos.
Contador de formação pelo Colégio Estadual Rui Barbosa, mas de vocação focada nas lentes fotográficas.
A sua família, de início, por intermédio de seu tio Miyoshi, e depois de seus pais, registrou uma significativa parte da história da cidade e de sua gente há mais de sete décadas.
Aqui retrato, a pessoa de Plínio Toshihiko Shimakawa, o filho que substituiu o pai, nessa arte de fotografar.
No início, o estabelecimento se chamava Foto Cine Art e depois, mudou a razão social para Foto Sakura, quando então ele assume a sua direção.
Quem não se lembra de ter tirado alguma foto para documento, principalmente a 3×4 e também a cruel e tão falada foto para Identidade.
Além é claro das fotos e álbuns de casamentos, aniversários, batizados, primeiras comunhões, formaturas, desfiles de Sete de Setembro e Dois de Abril.
Alguns eventos, as fotos eram tiradas aleatoriamente, alcançando o maior número de fotografados para depois ficar nas vitrines expostas em painéis.
Quem não se lembra da exposição de fotos?
A pessoa interessada ou curiosa ficava na vitrine vendo se ela lá se encontrava no meio de tantas outras fotos.
Uma outra época, bons tempos, um glamour à parte.
O Plínio ampliou o seu produto principal, que era a fotografia, álbuns, molduras, máquinas fotográficas; modernizando e agregando outras, como: fotocópias (xerox), encadernação, plastificação de documentos.
Era católico praticante e torcedor são-paulino.
Na rua Paraná, o seu local de trabalho por décadas, o Plínio fez de sua arte, uma inspiração para retratar e registrar a sua paixão em fotografar a sua gente e a cidade que adotara, a sua Jacarezinho.
Tem um adágio popular que assim diz: “ Tudo o que não é fotografado é perdido; então, para viver de verdade, é preciso fotografar. ”
Assim ele o fez por décadas com muita maestria e amor no que fazia.
Plínio faleceu na sexta-feira, dia 17 de maio, deixando a viúva, professora Isumi, três filhos, o genro Leandro, as noras Andréia, Thais e quatro netos.
Descanse na Paz do Senhor!
* Vicentinho é Licenciado em História e Bel. em Direito.
(XXI-V-MMXXIV)